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terça-feira, 24 de maio de 2011

Da inércia da Sociedade à integração social (As barreiras existentes na adaptação às novas realidades sociais)


Alhana Karine Costa Silva[1]
Orientação: Rosângela Paiva Spagnol (prof. Ms)




      O ser humano, até onde se há registro, acostumou-se a adaptar ao meio ao qual está integrado, segundo os seus costumes e sua maneira de viver.
      De fato, cada sociedade, seja ela representada por uma única família, bairro ou cidade,  tem a tendência a criar práticas singulares, que são características daquele grupo específico.
         A partir deste raciocínio é possível identificar mais claramente as razões pelas quais, número significativo de pessoas nega-se a explanar novas oportunidades e confrontar a situação em que vive atualmente com aquela em que poderia usufruir, caso exigisse de si mesmo, um esforço, um tanto quanto maior do que a própria inércia.
       Obviamente, não se pode esperar da população atitudes a quais,  o próprio Estado não oferta condições de serem realizadas, o que, por verificação dos fatos, são muitas.
        Em controvérsia, o indivíduo não deve colocar toda sua crença em soluções oferecidas pelo Governo, uma vez que este altera apenas acontecimentos, do ponto de vista externo, para tanto, a transformação interna do cidadão não é dever de mais ninguém, a não ser dele mesmo.
       É verídico, porém, que o Estado, em situações esporádicas, cria ações para integrar o indivíduo a novas realidades, nas quais, acredita-se que o impacto será benéfico ao que diz respeito ao lado social. Contudo, é digno de preocupação o descaso com o qual, em determinadas situações, a maioria dos beneficiados tem por essas atitudes.
Exemplo interessante desta problemática se dá em relação às famílias que pleiteiam moradia popular de interesse social no Brasil (programas que oferecem moradia digna à pessoa que tenham baixa renda e auxilia no financiamento).
      Não se trata apenas de interagir com o meio em que atualmente está fazendo parte,  trata-se  também de desacostumar-se com a maneira de vida tida como correta até o presente momento, o que realmente não é tarefa nada fácil, mas,   trata-se  de dever gratificante, quando esta família elimina do cotidiano as práticas equivocadas que faziam parte de sua rotina.
     Fato  que não suprime o Estado, a obrigação de ajudar estas pessoas na adaptação à nova moradia  em seus múltiplos  aspectos tais quais a conscientização relacionada à conservação da residência, o bom relacionamento com a vizinhança, estética e paisagem do bairro, entre outros, fatores que certamente não estavam  até acostumados e por consequinte, longe da valoração devida.
       Deste modo, é notória a necessidade urgente  da segregação ceder  lugar à integração, seja esta feita entre diferentes grupos, ou até mesmo entre cidadãos e Governo, uma vez que o Estado representa a maior  moradia de todos os indivíduos que dele fazem parte.
Entretanto, é considerável ressaltar a importância de se manter a individualidade e não confundir os papéis que devem ser desempenhados por cada um, de maneira que as mudanças sejam elas externas ou internas aconteçam de forma natural, sem vilipendiar as culturas e integridades de cada um.


[1] A aluna autora é graduanda do 3º período de Direito da Faculdade Barretos

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