Aline Costa da Silva¹
Profª. (Ms) Orientadora: Linda Luiza Johnlei Wu
Todo agrupamento humano exige um líder que esteja à frente tomando decisões e orientando as ações da comunidade no qual está inserido, sempre buscando melhorias na convivência e na forma de sobrevivência, representando os interesses e aspirações de todos, sendo a voz daqueles que precisam. A esse líder sempre foi atribuído a nobre tarefa de governar, que por conta de sua importância foi sendo divididas as funções e criadas novas regras e critérios para a escolha de quem aparentemente merece e demonstra aptidão para tanto.
Historicamente eram escolhidos com base na religião, onde nas sociedades politeístas aquele que governava era um escolhido dos deuses para representar suas vontades na terra ou então um mensageiro, assim também o era nos Estados que tinham como forma de governo as monarquias absolutistas, com a ressalva que a religião era monoteísta. Outra forma também era pela força, onde antigamente as sociedades que dominavam outras através de batalhas e quando ganhavam, governava a vencida. Portanto nesses sistemas as pessoas não tinham o poder de escolher os seus líderes, apenas a obrigação de obedecê-los e idolatrá-los, ficando a mercê de suas arbitrariedades
Como forma de acabar com esses sistemas que não atendiam aos anseios e necessidades do povo, após três importantes movimentos: a revolução inglesa, a independência dos Estados Unidos e por fim a Revolução Francesa, aos poucos foi sendo implantada a democracia, uma resposta satisfatória ao descontentamento geral, pois consiste em um governo do povo, onde a supremacia da vontade popular, a preservação da liberdade e a igualdade de direitos são as suas bases e fundamentos. Esta forma de governo foi tão bem acolhida que atualmente se encontra vigente em quase todos os países.
No entanto, esse sistema também gerou algumas insatisfações, onde em alguns países por conta da industrialização, o povo, mais precisamente a classe de trabalhadores, não verificou na prática os fundamentos da democracia, pois viam o Estado sendo controlado pela burguesia. Por conta disso, surgiu o movimento socialista que pregava uma forma de organização política, econômica e social diferente, onde após a sua implantação a liderança seria exercida plenamente pelo povo, e não apenas por uma elite ou um grupo privilegiado. Embora ainda haja Estados socialistas, a liderança exercida acabou sendo uma forma de ditadura restringindo algumas liberdades, entre outros efeitos, e por conta disso são poucos os países que o adotaram.
Embora hoje seja muito criticado o papel do líder político no que tange a ética e os bons princípios e forma de atuar visando o bem comum, este demonstrou ser inerente a existência de um povo soberano, portanto cabe concluir que assim como na história do homem a liderança passou por várias mudanças e aperfeiçoamentos até chegar a um sistema democrático onde o povo participa junto com o líder na construção de um Estado melhor, cabe aos mesmos não apenas criticar, mas exercerem a cidadania de forma consciente e responsável, direito esse que no passado não existia e que agora sendo concreto deve ser utilizado plenamente como forma de ter um representante que seja um verdadeiro líder político.
Bibliografia Consultada:
ALTAVILA, Jayme. Origem dos direitos dos povos. São Paulo: Melhoramentos, 1963.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 1995.
MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Sugestões Literárias, 1978.
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