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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Educação: obrigação do Estado ou de cada um de nós?

                                                                Carlos Eduardo Elefante[1]                                    Orientação: Rosângela Paiva  Spagnol (Profª Ms)

Deparamo-nos todos os dias diante de um grande problema chamado educação. A cada dia esta mais distante de uma solução para regular a vida em sociedade, não sendo a mesma somente em seu sentido estrito, mas sim de forma ampla que incumbe a resgatar velhos e bons modos, nos quais um rapaz ao passear com sua namorada privilegiava-lhe a sua esquerda, próximo á parede, por ser mais seguro, ou mesmo quando as pessoas saiam para um passeio noturno, pelas praças, e, ao se depararem com outra, a reverenciava com boa noite, mesmo sem conhecê-la.
A questão aqui, a ser abordada trata- se, se seria possível ou não, nos tempos atuais as pessoas conviverem com os bons modos, que por sinal nos parece terem sido esquecidos.
Já indagado o comportamento à “moda antiga” (termo utilizado somente pelos jovens atualmente), vamos procurar entender um pouco melhor o significado da palavra Educação.
Na maioria das pesquisas acerca do tema, encontra-se nele, os seguintes requisitos:
“Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade. Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de socializção e endoculturação, mas não se resume a estes.”
Analisando estas palavras chegaremos a conclusão de que o Estado se torna parte responsável e importante para a integração do individuo a sociedade, fornecendo a ele qualidade de vida como emprego, saúde, ensino entre outros requisitos essenciais para uma vida digna, portanto, alguns desses valores foram deixados de lado pela esfera governamental que são o respeito, a ética e o exemplo.
No Brasil temos a educação regulamentada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação  (LEI N° 9.394, DE DEZEMBRO  DE 1996), sendo criado o PDE – Plano de desenvolvimento da Educação que tem como objetivo principal uma educação básica de qualidade, para isso deve-se investir na educação profissional e superior, mas para que se alcance a tão objetiva qualidade
“...deve acontecer o envolvimento de todos: pais, alunos, professores e gestores, em busca da permanência do aluno na escola.”
Após a leitura deste enunciado, ainda seria certo dizer que a culpa dos casos que acontecem hoje na sociedade, tais como o bullying, outras formas de violência nas escolas, dentre outras, seria certo culparmos somente as famílias dessas pessoas e julgá-las como é feito hoje em dia?
Acima destacamos que, por parte o Estado se torna responsável e importante, o Estado como a figura de soberano entre seu povo tem que garantir-lhe o bom exemplo começando pela casa do Congresso Nacional, onde estão localizados os três poderes que a maioria da população não tem conhecimento,( por não existir uma disciplina específica que trate sobre o assunto), em vez de formarem alunos conscientes já na fase da adolescência, para melhor elegerem seus representantes no futuro, nem se quer preocupam-se com isso. Mas, a questão é: Não há somente um culpado, as pessoas que estão mais proximas umas das outras do que o governo, deveriam lembrar dos bons modos e voltarem praticá-los.
Facil é jogarmos a culpa em outrem para livrar a nós mesmos. Será “dando as costas” que o problema se resolveria sozinho?
 Já temos casos extremos demais sobre violencia, a mudança começa a partir de nós, quantos de nós pensamos em ajudar o próximo por mera satisfação em fazer o bem, em ser útil, dar exemplo de solidariedade de respeito e amor ao próximo, vemos muitas igrejas dizerem em seus ensinamentos o sermos mais humanos uns com os outros, mas será que tais intituições, cumprem devidamente seu papel?  A finalidade de educação a nosso ver, engloba muito além do ensino propriamente dito. Educação é um dos pontos chaves para melhorarmos o convívio entre nós seres humanos, que deixamos a desejar cada vez mais com nossa ignorância. Mas, de onde será que temos um melhor exemplo para sermos assim? Seria mesmo em nossas familias?
É certo que principalmente pai e mãe são primordiais para a criação de uma pessoa com caráter, ética, respeito entre outros qualidades, mas, onde está o Estado com sua soberania pelo bem do povo, acredito que ainda seja esse o principal objetivo do governo, é dificil educarmos sendo que praticamos e passamos o mal exemplo expondo-os a todos, e achamos que estamos com razão sempre, se importando apenas conosco mesmos, e quanto aos outros “deixem-os pra lá”.  Assim, a tendência é piorar como vem acontecendo atualmente. Basta reparar como as pessoas se comportam na convivência com o outro. Sabemos que tudo é controlado pelo Estado, então por que que o mesmo não verifica melhor certos programas televisivos que expoem atitudes antieducativas e imorais? Não seria o melhor caminho a mídia conduzir sua programação no sentido de expor e ensinar a reenvindicar os direitos da pessoa, e o cidadão?
Enquanto esta realidade não vem, façamos cada um a sua parte por um trato social maior e melhor compatíveis com os desafios que serão postos à nossa frente.
Referências:
DISPONÍVEL em:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o. ACESSO EM : 6 de maio de 2011.
RANIERI. N.B. Educação superior, Direito e Estado. São Paulo: Edusp, 2000.


[1] O aluno autor é graduando em direito do 3º período da Faculdade Barretos.

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