Leonardo Pedro Ramirez Cunha [i]
(Profª.orientadora (Ms) Rosângela Paiva Spagnol)
Não podemos falar de genocídio[1] Colonial, como apenas matar e escravizar os índios, imprescindível falar também de qual maneira o Europeu, acabou não somente com a vida de milhares de seres humanos, alem de destruiu culturas, costumes, toda uma sociedade, não somente dos índios, como também de escravos e imigrantes.
Neste teor abordaremos o início das grandes navegações até o começo da imigração, seus fatos históricos marcantes. As grandes navegações foram o marco inicial para o “novo mundo”, dizia-se que seu principal motivo para colonizar, se dava na expansão da fé cristã, mas também para a obtenção de possíveis riquezas para financiar novas cruzadas.
Colombo[2] “descobriu”, o que ele achava ser a Ásia, mas seriam as Américas. E com a chamada descoberta vieram os ameríndios, alguns Europeus os achando “iguais”, já que ambos viam de natureza divina, e outros os tomando como inferiores. A segunda relação fora a qual se firmou, caso os índios negassem algo ou não se “converterem” seria viável o uso de força para conseguir o que impunham.
Além dos índios, também haviam os escravos, que eram muitas vezes vendidos ou levados de onde viviam para vir às colônias trabalhar como escravos. A maior parte não chegava à colônia, pois ficavam meses dentro de um navio sem higiene, sem comida, e com isso as doenças se expandiam rápido, matando muitos.
Os poucos que chegavam eram tratados como lixos, mal conseguiam o que comer, trabalhavam horas e dias sem descanso, e quando havia o pouco tempo de descanso, não podiam continuar com a sua cultura, as suas festividades etc.
Com a exploração de minérios, os escravos começaram a fugir e formar quilombos, porém não eram formados somente de escravos, também haviam índios que fugiam para sua proteção, às vezes até os brancos.
Os primeiros movimentos contra a escravidão foram feitos pelos missionários jesuítas, que combateram a escravização dos indígenas mas toleraram a dos africanos.
Em 1871, o Parlamento Brasileiro aprovou e a Princesa Isabel sancionou a Lei 2.040, conhecido como Lei Rio Branco ou Lei do Ventre Livre, determinando que todos os filhos de escravos nascidos desde então seriam livres a partir dos 21 anos.
Os primeiros grupos de imigrantes não-lusos e não-africanos chegaram ao Brasil somente depois da abertura dos portos de 1808. E após, a Lei do Ventre Livre, a imigração aumento, com a mão-de-obra barata muitas vezes famílias não conseguiam sobreviver, além da situação do estado com dividas, não conseguia criar meios de combate a miséria.
Sob este prisma, não há como negar que Genocídio colonial aconteceu de diversas maneiras, e com várias classes, as quais o Europeu colonizador, se achava superior aos outros, impondo seus costumes, suas crenças, e pouco a pouco, alguns costumes do “colonizados” se sucumbiram no tempo sob a sombra do genocídio colonial.
Referência:
Todorov, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. 3. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Wolkmer, Antonio Carlos (Org.). Direito e Justiça na América Indígena: da conquista à colonização. Porto Alegre: Livraria dos Advogados, 1998.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Crist%C3%B3v%C3%A3o_Colombo, acesso em 30 de maio de 2011.
[1] Crime contra a humanidade, que consiste em, com o intuito de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, cometer contra ele qualquer dos atos seguintes: matar membros seus; causar-lhes grave lesão à integridade física ou mental; submeter o grupo a condições de vida capazes de o destruir fisicamente, no todo ou em parte; adotar medidas que visem a evitar nascimentos no seio do grupo; realizar a transferência forçada de crianças dum grupo para outro:
[2] Cristóvão Colombo (República de Génova, 1451 — Valladolid, 20 de Maio de 1506 foi um navegador e explorador europeu, responsavel por liderar a frota que alcançou o continente americano em 12 de Outubro de 1492, sob as ordens dos Reis Católicos da Espanha no chamado descobrimento da América
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