Orientação: Rosangela Paiva Spagnol (ProfªMs.)
“Darmos ao Direito à expressão, é conquistar a liberdade de ser, é tomar posse de novos territórios, é afirmar-se perante a vida, é transformar-se com o outro. É preciso aprender, buscar a alma como aprópria identidade.” (Eunice Mendes)
A palavra é o primeiro elemento transformador do mundo de que se vale o ser humano. A partir da palavra o homem passa a organizar e orientar-se por um todo significativo, organizando o real, dando-lhe significados, percepções e sensações que ganham significados. A partir da palavra, as formas ganham significados, ganham um sentido, recebem uma significação, um nome.
A palavra passa a fazer parte do mundo que é construído por nós, onde evitamos o caos, a desordem e damos um caráter todo unificado, ordenado por meio da linguagem.
Para termos uma boa oratória é necessário: perseverança, paciência, cadência e ritmo. Precisamos ter clareza, precisão, formalidade, confiança, credibilidade sobre as palavras que lançamos diante das pessoas. As palavras nos dá a capacidade de magnetismo pessoal, que é conseguir conquistar a si mesmo; ter carisma; equilíbrio; atração; saber e ter certeza do que falar. Tais requisitos nos dá o poder de interferir na emoção de outra pessoa, podemos vencer e convencer pessoas pela emoção.
Não existe outro meio de atuar na área jurídica, sem ter um bom conhecimento das palavras, pois é delas que vem toda a defesa, todo o trabalho realizado por um advogado, é imprescindível o bom uso das palavras no mundo jurídico.
Há duas vertentes dos pensamentos psicológicos: o julgamento daquele que ouve sobre aquele que fala.
“A arte é necessária à expressão, sem a qual o discurso não seria crível, ou simplesmente compreendido, mas, que não se confunda com artifício, em parecendo artificial o discurso é ineficaz. O artifício é a ruína da arte, figura que não dá certo é o estratagema que dissuade, precisamente por ser percebido como tal.” (Olivier Rebou – Oratória Forense)
Deve sempre falar com arte, pois junto dessa vem o convencimento, o carisma e o poder de atração.
“Na interpretação tem que ser a verdade transmitida com a força que ela representa, por isso o melhoré não tratar assuntos que não mereçam nossa emoção, e quando necessário fosse é preciso concentrar-se que se trata de um meio para se chegar a um fim.” (Reinaldo Polido/2009)
Enfim, o advogado na defesa de seu cliente, se não explorar ao máximo as palavras e a emoção, poderá não lograr êxito no fim pretendido.
BIBLIOGRAFIA:
AULA DE ORATÓRIA FORENSE, MINISTRADA PELA PROFESSORA ROSANGELA PAIVA SPAGNOL, EM 18/02/2011, Faculdade Barretos
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