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sábado, 4 de junho de 2011

O deputado que elegemos

Aline Costa da Silva; Álvaro Alves Silva e Leticia Martines Ribeiro

                                      
Na última segunda – feira (28) o deputado Jair Bolsonaro mostrou o seu lado mais preconceituoso. Em um quadro do programa CQC chamado “Povo quer saber”, a apresentadora Preta Gil perguntou ao deputado como ele reagiria se um de seus filhos se apaixonasse por uma mulher negra. A resposta foi “não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco pois meus filhos foram muito bem educados”.
O deputado foi infeliz em seu comentário, deixando a dúvida de quais são os princípios da família Bolsonaro. Mas essa não foi a primeira vez que ele causou indignação em suas declarações, em entrevista a rádio Estadão o deputado falou sobre um vídeo ante- homofobia que o Ministério da Educação pretende distribuir nas escolas, declarando o seguinte: Atenção pais: os seus filhos vão receber um kit que diz que é pra combater a homofobia, mas que na verdade estimula o homossexualismo. Para mim isso é grave. Eu não admito você fazer apologia ao homossexualismo, idolatrar o homossexual”. Ainda em relação ao homossexualismo, Bolsonaro disse ser extremamente contra a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, o que é sua opinião e deve ser respeitada, mas não podemos admitir a justificativa que é; Se qualquer um de nós for criado por um homossexual, com toda certeza vai ser um homossexual", afirmou.
Será que os pais de Fernandinho Beiramar eram traficantes? E os pais de Alexandre Nardoni eram assassinos? Sendo tão grande o seu preconceito a ponto de não parar para pensar que o melhor para uma criança é ter um lar onde seja amada, tratada com carinho, não importando se são dois pais ou duas mães.
O deputado aproveitou o espaço também para "saudar" os militares pelo 31 de março, data do golpe militar de 1964, ressaltando os valores daquela época como benéficos para a população, sendo a ordem pública um deles.
Esse é um exemplo de mais um deputado eleito pelo povo para representá-los onde ao invés de defender a evolução da sociedade atual onde já pode ser considerado comum as matérias referentes ao homossexualismo - embora ainda existam pensamentos contrários - e,  exterminar os erros do passado referentes ao preconceito contra os negros estimulando ainda mais as ações afirmativas, ele vai em público demonstrar a sua visão alicerçado no preconceito que é proibida em nossa Magna Carta, a sua ignorância achando que só a educação basta para evitar que existam gays e que brancos não namorem negros e que a ditadura militar, página sangrenta de nossa história em que os direitos fundamentais praticamente deixaram de existir, era muito melhor do que a democracia que vivemos atualmente. Enquanto isso, como nosso representante deveria estar estudando os caminhos para melhorar o Brasil, criar soluções para combater a pobreza, o déficit na educação, o aumento da criminalidade, enfim matérias muito mais benéficas para a população do que criticar as existentes para evitar o preconceito.
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<!--[if !supportFootnotes]-->[1]<!--[endif]--> Os alunos autores são  graduandos do 3º período da Faculdade Barretos

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