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quarta-feira, 1 de junho de 2011

A TRISTE REALIDADE DAS CÂMARAS MUNICIPAIS


Carlos Aimar Alexandre Cardone [1]

“ Quer conhecer um homem, DÊ-LHE PODER”.


Com esta frase podemos começar a entender a triste realidade das Câmaras Municipais pelo Brasil, com a experiência de alguns anos trabalhando em Câmaras Municipais, percebo que a grande maioria dos vereadores desconhecem, a lei orgânica municipais e principalmente o regimento interno das mesmas.
O mais estarrecedor é que os nossos legítimos representantes pouco importam conosco, se limitando em seu trabalho a fazer indicações sobre nomes de ruas, numa clara demonstração de conquistar o voto das pessoas da família do homenageado.
Poucos são os vereadores que realmente que fiscalizam as contas públicas mal sabem sobre o que acontece nos municípios, ou onde está sendo gasto o dinheiro público, não participam das reuniões das respectivas comissões permanentes debatendo os projetos que são ou não de interesse da população de suas respectivas cidades, deixando este trabalho nas mãos do departamento jurídico das respectivas Casas Legislativas.
Vemos quando não vereadores contratando assessores parlamentares totalmente despreparados sem a mínima condição de exercer ao cargo pelo qual foi nomeado, mas o que fazer se esta vaga é fruto de promessa de campanha.
Assim que eleitos muitos são os vereadores que correm atrás dos prefeitos eleitos para em troca de apoio político, buscam cumprir compromissos de campanha, através principalmente de emprego na administração publica, quando não favores pessoais, ficando assim atrelados aos prefeitos.
Enganam o povo com promessas e não cumpre quando assumem a vaga. Por isso, precisamos mudar essa realidade, está na hora de elegermos políticos capacitados, que se realmente estejam do lado do povo, que trabalhe em função do povo, e não para si.
E nós enquanto isso nos limitamos a dizer que os políticos não prestam que são todos iguais, não observamos que estes políticos que ai estão eram até outro dia cidadãos como nós, informados com os rumos que os nossos governantes estão dando as nossas vidas.
         Os políticos não são uma classe a parte, são pessoas que por um motivo ou outro candidataram acabaram se elegendo, ao tomar posse descobrem as facilidades que o cargo oferece, e acabam sucumbindo as tentações.
Quando os candidatos são eleitos chegam cheios de  muitos sonhos, de fazer carreira política e quem sabe galgar nossos degraus na política seja como prefeito ou quem sabe chegar a deputado. Desde sonho apenas alguns poucos conseguem ultrapassar as barreiras do município. Poucos conseguem a reeleição e o restante acaba ficando na câmara apenas por um mandato.
Por isso que existe uma grande soma de vereadores que sai das casas legislativas sem deixar rastro nenhum como marca de sua passagem pela instituição. Esse grupo de vereadores é formado por pessoas despreparadas e que durante o mandato não se restringe a votar contra ou  a favor aos projetos do executivo. São vereadores que por um motivo ou outro fazem parte das bancadas dos prefeitos, aos quais devem favor e por isso mesmo pagam os benefícios recebidos com o seu voto sempre fiel e encabrestados.
Afinal a sociedade somos nós cidadãos que a compomos e dela fazemos parte, mas acredito que para lançarmos candidato a cargo eletivo ou para que possamos escolher de maneira correta nossos representantes, se faz importante é compreender a necessidade de todos participarmos efetivamente da vida comunitária, integrando-nos em atividades sociais compatíveis com nossas disponibilidades e preferências, seja um clube esportivo, uma entidade de classe, uma associação de cultura, um templo religioso, um grêmio artístico ou uma casa de caridade, dando o melhor de nós mesmo e contribuindo para que o grupo ao qual estamos vinculados e contribuindo para que o grupo ao qual nos vinculamos cumpra sua finalidade de forma equilibrada e proveitosa.
Mas não é de todo mal os nossos políticos existem Vereadores (as) que estiveram e estão na Casa de Leis, para realmente cumprirem a justa função democrática e popular de representar o interesse de todos os cidadãos, mas seria justo generalizar, embora os bons políticos são uma pequena minoria, poucos são os políticos que tem seus olhos voltados aos mais carentes, humildes e com menos oportunidades, que não se utilizam assistencialismo barato, mas com trabalho, fiscalizando a aplicação do dinheiro público, as obras públicas, com a democratização do Executivo e do Legislativo, pois nós sabemos que os Vereadores(as) e o Prefeito(a) são apenas os nossos representantes, deveriam fazer valer a nossa, não apenas daqueles que eles receberam “apoio” .
Será que as Câmaras Municipais são realmente a Casa do Povo, da Cidadania, a os Legítimos representantes de nossa democracia.
Quiçá um dia  tenhamos uma   política com mais seriedade, comprometimento.


O aluno autor é graduando em direito do 3º período em Direito da Faculdade Barretos.

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